2011-06-27

Mudanças

Aparentemente o SEF precisou de mudar de instalações. Uma situação obviamente inadiável.
Depois de devidamente ponderadas todas as soluções (ninguém muda de casa sem pensar seriamente nas vantagens e desvantagens da mudança), optou-se por vender por 6 milhões de euros o edifício onde o SEF morava e alugar nova casa.
Poderá parecer estranha a situação de vender uma casa para alugar outra na mesma localidade. Certamente houve razões fortes para isso.
A solução passou por alugar uma casa mais pequena por 1 milhão de euros por ano.
Talvez até uma criança formada no atual ensino básico saiba calcular ao fim de quantos anos se fica a gastar mais que tendo ficado no edifício original.
Como se não bastasse, foi necessário recorrer a obras de adaptação do novo edifício alugado. Mais 2 milhões para as adaptações,
mais outro milhão para arranjos na zona envolvente. A conta foi subindo. Depois de tantas obras e tantas mudanças, chegou-se à conclusão que não havia espaço para a informática. A solução é diabolicamente estúpida. Alugaram-se dois pisos no edifício original do SEF pela módica quantia de 1 milhão de euros por ano (mais o milhão do edifício novo, a conta passou para dois milhões por ano).
Valerá a pena perguntar a uma criança se a solução acabou em prejuízo para o prestígio e para os cofres do Estado?
Parece que continuam a aparecer alguns privilegiados que fazem bons negócios ao mesmo tempo que o Estado faz negócios ruinosos. Curiosamente são os mesmos negócios.
Também parece que ninguém será responsabilizado pela situação. Ninguém irá parar à cadeia e, caso seja despedido, provavelmente ainda levará alguma indemnização e irá trabalhar para os tais que fazem tão bons negócios com o Estado.
Se podíamos mudar? Poder podíamos, mas não seria a mesma coisa...

2011-06-07

Pepinos, nabos e outros vegetais

Compreendendo que alguns pepinos, nabos e outros vegetais tenham entrado em paranoia, principalmente se estiverem nas proximidades geográficas. Custa-me a compreender que tantos tenham sido levados ao pânico, estando tão longe e tão afastados da realidade.
Ao ver a rama dos outros a arder, é natural que ponham as suas de molho.
No entanto, atendendo às notícias que circulam céleres, não parece haver causa para alarme, atendendo ao reduzido número de óbitos e até de diarreias explosivas. Sem qualquer desconsideração pelos desafortunados que acertaram em todos os números desta lotaria.
Não vejo tanta preocupação com a redução do consumo de gordura, açúcar, sal, cafeína, tabaco, perante a pandemias da obesidade, diabetes, hipertensão, doenças cardíacas, acidentes vasculares, doenças pulmonares, etc.
Parece que umas dezenas de casos por centenas de milhões de habitantes é motivo de grande preocupação, contrariando a falta de preocupação generalizada por outras pandemias mais palpáveis. É motivo para o gordo dedo alemão apontar para os mirrados pepinos e tomates latinos. Provavelmente ainda apontará para alguns hábitos de higiene menos cuidados de alguns turcos (os tais dos banhos).
Parece que os pepinos, os nabos e os outros vegetais não fazem o paralelo entre as notícias dos jornais e as conferências dos responsáveis pela saúde há pouco tempo atrás...