2007-09-10

Mad about Maddie

Estive quase para colocar um texto sobre este assunto há um mês e tal, mas pensei que, entretanto, o assunto fosse esquecido. Resolvido, nunca me passou pela cabeça.
Toda a gente comenta e não há cão nem gato que não comente. E quem sou eu a menos que esses animais?

Das poucas entrevistas ao público anónimo que ouvi que faziam algum sentido, ou seja, mais sentido que perguntar a alguém por que é do Benfica ou do Fê Quê Pê, foi uma inglesa lá da terra deles que disse que, se fosse um dos filhos dela a desaparecer, que perderia a guarda dos restantes...

Além dos irracionais mais de vinte minutos iniciais dos telejornais, os jornais também não largam o tema. Mesmo quando na maior parte dos dias nada mais há a acrescentar, a não ser banalidades. Há um batalhão de repórteres que abandonou o Algarve (ou será Allgrave?) e rumou às ilhas britânicas.

Mais irracionais serão aqueles que, trocando um dia de praia ou de qualquer outra coisa útil, passaram horas à frente da Judite de Portimão para verem ao vivo esta ou aquela personagem vítima/criminosa. Coloco as duas hipóteses porque não haverá muita gente que saiba qual delas será a correcta. E eu não serei uma delas.
Esses seres irracionais provavelmente numa primeira fase eram grandes apoiantes. Agora talvez sejam grandes «vaiantes». Deixam-se levar pela emoção. Vêem tal espectáculo como quem vê uma obra de ficção. Seguem os capítulos cheios de comoção, ignorando que, na realidade, alguém sofre realmente. E bastante mais que eles. Para eles basta desligar a televisão...
Se eles quisessem... Mas preferem não desligar. Preferem seguir e engrossar a histeria. A tal histeria que enquanto foi favorável foi alimentada. Quando se tornou desfavorável, foi escorraçada. Mas não se foi embora. Pelo contrário...

Como programa de fundo "Prós e contras" - RTP1...

2007-09-03

Erro infantil

Normalmente são erros que acabam por se pagar caro. Nem sempre quem os paga é quem os comete e a linha temporal poderá ser extremamente comprida.
A educação deve ser dada em casa e não apenas na rua, nem apenas na escola.
A educação deve ser dada pela família e não apenas pelos colegas, nem pelos professores.
As crianças compreendem como podem lucrar com as infantilidades dos pais. Aparentemente lucram. Realmente, nem por isso.
Cada vez que os pais desautorizam outras autoridades, desautorizam-se a si mesmos. E nem se apercebem.
Cada vez que fazem uma ameaça ou promessa vã, caem em descrédito. Não crêem que tenha imediato efeito. Julgam encontrar uma fuga de uma situação da qual não podem escapar. E quanto mais fogem, menos lhe escapam.
O exemplo e a coerência são das melhores ferramentas, nem sempre aproveitadas por uma sociedade que prefere facilidades ao trabalhar sobre as dificuldades.
Até no tratamento dos familiares mais idosos, preparam-se os alicerces para o tratamento dos próximos familiares idosos.
Confunde-se o prazer com o bem-estar. Confunde-se o essencial com o acessório. Confunde-se a caducidade com a perenidade.
Tomando as crianças por tolas, tornamo-las tolas...
E esse é o erro infantil maior.