2006-02-24

A contagem dos patos

Todos os dias mais um pato bravo cai. Lá pegam nele, com todas as cautelas, e levam-no para ser analisado. Todos os dias há mais um boato ou facto sobre a tal gripe. O consumo de carne de aves vai caindo, à medida que o medo vai subindo.
No outro dia, quase estupidamente, à primeira audição, alguém dizia que não percebia porque tinham tanto medo das aves e nenhum do tabaco. Aqueles pacotinhos onde vem anunciado um sem número de eventuais maleitas físicas. Eventuais, mas quase certas. Mais cedo ou mais tarde, elas aparecem.
Há uns anos tivémos medo das vacas. Agora temos medo dos patos.
As pessoas tornam-se cuidadosas à medida da facilidade dos cuidados.
Já toda a gente se vacinou contra a hepatite-B? Será assim tão caro e difícil ficar imunizado?
E toda a gente tem cuidados em relação ao sexo? Ou quando chega a tesão, a cabeça aquece de tal forma, que não há protecção?
Que dizer da condução de toda a gente? Acaso será difícil de perceber o que pode acontecer quando se conduz estouvadamente?
A caca do cãozinho que fica na rua ou no relvado não é um caso de saúde pública? Ou as pessoas voam como os patos sem tocar nos restos desses dejectos?

A doença é inevitável e chegará ao Homem, mais cedo ou mais tarde.
Não tenho assim tanto medo dos patos bravos que voam. Tenho mais medo dos outros...

1 comentário:

Anónimo disse...

Concordo!
E eu apanho sempre a caquinha do meu cãozinho!
Só não voo... por isso ás vezes piso caquinha de outros cãezinhos...