2006-02-27

Eu Q?

Your IQ score is:
You scored 129 on Tickle's IQ test. This means that based on your answers, your IQ score is between 119 and 129. Most people's IQs are between 70 and 130.

E quanto mais testes destes eu faço, mais inteligente fico...

2006-02-24

A contagem dos patos

Todos os dias mais um pato bravo cai. Lá pegam nele, com todas as cautelas, e levam-no para ser analisado. Todos os dias há mais um boato ou facto sobre a tal gripe. O consumo de carne de aves vai caindo, à medida que o medo vai subindo.
No outro dia, quase estupidamente, à primeira audição, alguém dizia que não percebia porque tinham tanto medo das aves e nenhum do tabaco. Aqueles pacotinhos onde vem anunciado um sem número de eventuais maleitas físicas. Eventuais, mas quase certas. Mais cedo ou mais tarde, elas aparecem.
Há uns anos tivémos medo das vacas. Agora temos medo dos patos.
As pessoas tornam-se cuidadosas à medida da facilidade dos cuidados.
Já toda a gente se vacinou contra a hepatite-B? Será assim tão caro e difícil ficar imunizado?
E toda a gente tem cuidados em relação ao sexo? Ou quando chega a tesão, a cabeça aquece de tal forma, que não há protecção?
Que dizer da condução de toda a gente? Acaso será difícil de perceber o que pode acontecer quando se conduz estouvadamente?
A caca do cãozinho que fica na rua ou no relvado não é um caso de saúde pública? Ou as pessoas voam como os patos sem tocar nos restos desses dejectos?

A doença é inevitável e chegará ao Homem, mais cedo ou mais tarde.
Não tenho assim tanto medo dos patos bravos que voam. Tenho mais medo dos outros...

2006-02-20

Pérfido

do Lat. perfidu

adj., que falta à fé jurada, à palavra;
traidor;
desleal;
aleivoso;
que revela traição.

DLPO

Blog in

Já passou um bocado a moda, mas ainda se está in se se tem blog. Quem não tem, está out.
Não haverá falta de leitores para tanto blog? Quase que diria que há mais escritores que leitores.
Talvez por efeito de colagem, se sinta um certo prestígio. Se eu tenho um blog e, por exemplo, o Pacheco Pereira também. Logo temos quase a mesma importância. Logo, eu, que sou um ser anónimo, passo a ter pretensões a ser alguém importante.
Às vezes mais que ser reconhecido, prefere-se ser conhecido. Qualquer publicidade é boa. Como vivemos num meio pequeno, o que talvez explique a pequenez de muita gente, toda a gente se conhece. Este meio lembra-me aqueles documentários sobre o comportamento dos símios: a malta gosta é de catar e de ser catado. É que, citando, uma jurista muito especial, "ninguém dá nada a ninguém"...

Alguém levará a mal?

Eu levo!
Nem quando era pequeno, ou talvez especialmente por ser pequeno, gostava do Carnaval. Talvez por me faltar a necessidade de me portar como um grande maluco ou de, simplesmente, me mascarar.
Aliás, associo a máscara à mentira e desprezo ambas. Sou capaz de desprezar um bocadinho menos as máscaras se souber o que está por detrás...
No entanto, até aceito que a malta precise de descomprimir. Desde que não me comprimam sem eu querer...
A culpa das necessidades carnavalescas deve casar com a opressão da rotina. Quem tem por rotina, não entrar em rotinas, não precisa do Carnaval.
Eu prefiro ir soltando a pressão, evitando assim o risco de explosão. E dou clara preferência ao alívio discreto. Que quase ninguém dá por isso. Sorrateiramente, deixo a pressão em excesso sair. Só quem estiver perto poderá assistir de local privilegiado a tal sopro...
Felizmente o Carnaval está um bocadinho mais civilizado, apesar de abrasileirado.

Por outro lado, até aprecio algumas das manifestações carnavalescas. Desde que a uma distância segura...

2006-02-12

Não me insultem

- Não és capaz de chamar filho da puta ao teu vizinho!
- Por que raio de razão haveria eu de o insultar dessa forma?
- Era só para lhe mostrar que poderias insultá-lo se quisesses.
- E porquê?
- Era giro vê-lo irritado. Mostravas a todos que não tinhas medo dele, apesar do seu comportamento primitivo.
- Ainda assim não vejo motivos para tal.
- É uma questão de liberdade de expressão!

Eu exprimo-me bem. Os outros são muito primitivos...

Dias e anos

Não compreendo a preocupação de algumas pessoas com a celebração do aniversário. Parece que envelhecem um ano num dia. Nesse dia, ficam mais velhas e demonstram o seu medo.
Não é de um dia para o outro que envelhecemos. É todos os dias que envelhecemos um pouco.
Alguém dizia-me: "Estou a aproximar-me dos trinta!"
Então e os que se estão a afastar dos trinta? Ou dos quarenta?
A idade passa sem que tenhamos grande mérito nisso. Quer façamos muito, quer nada façamos, o relógio não pára.
O que conta é o que fazemos. O que dizemos, voa com o vento. As intenções ficam registadas em blocos de gelo.
O que deixamos por fazer, pode moer-nos uma vida inteira.
A vida é complicada e não se simplifica com o passar dos anos. Apenas aprendemos a lidar com as situações.
Não há nada como aproveitar o momento, nem que seja no dia de anos. Daí a uns anos, estaremos menos moídos pelo que ficou por dizer/fazer.

2006-02-05

Um cão não tem razão

É bom ter um cão.
Um cão grande e feroz.
A mão alimenta o cão, para que ele se torne ainda maior e mais feroz.
Dá jeito ter um cão, que ponha em respeito os cães dos vizinhos.
Quanto mais assustador for o seu ladrar, mais respeito impõe.
Grave deve ser o ladrar.
Se isso não bastar, tem que estar disposto a morder.
A mão que alimenta o cão, acaricia-o e incentiva-o.
Um cão vencedor é um cão peão.
Se alguém parece ameaçar o dono, o cão enfurece-se e prepara-se para a luta.
O cão não pensa como o dono. Segue o seu instinto e a sua educação.

Um dia o cão morde a mão que o alimenta.
Nesse dia é o dono que se enfurece e deixa de alimentar o cão.

"Cabrão do cão, não me mordas mais a mão!"

Abandonado o cão vagueia atrás do dono à espera da reconciliação.
Esta acontecerá quando o dono voltar a precisar mais do cão que da mão...