2012-04-23

Prazer de condução

Tirei a carta tarde. Isso traduziu-se naturalmente em alguma dificuldade na aprendizagem. Apesar de após encartado ter começado a conduzir, a condução era de fraca qualidade. Cheia de hesitações e erros.
Nada de muito grave, mas com prejuízo evidente na suavidade da condução. E até alguns pequenos acidentes. Digamos que não deixava saudades e que só por parcialidade seria possível apreciá-la.
O tempo foi passando, o número de kilómetros aumentando e a facilidade e qualidade melhorando. A isto junta-se o facto do número de veículos conduzidos ter igualmente aumentado. A habilitação e habilidade foi-se tornando cada vez mais abrangente.
Vendo bem as coisas, os princípios que estão por detrás da condução de cada veículo são semelhantes, com as devidas adaptações. Os comandos poderão ter configurações e tamanhos diferentes, mas nunca são totalmente diversos que não permitam o seu reconhecimento. Poderá demorar a dominar a máquina. No fundo é apenas uma questão de dedicação e de tempo. Também sensibilidade é necessária para reconhecer a resposta e o que faz melhorar essa resposta.
Muitas vezes há o desejo de conduzir máquinas cada vez mais potentes. Há no entanto um preço a pagar. Ou vários. A condução terá que ser efectuada com mais atenção. Não há tanta margem para erros. A manutenção além de cara poderá complicada. E nada disto refreia o desejo. Por vezes apenas o aumenta.
Independentemente do interesse que os veículos alheios possam inspirar, não há nada como conduzir o nosso. Aquele a quem já estamos habituados. Conhecemos o seu corpo quase como o nosso. Sabemos interpretar a sua resposta em cada contexto. No início é uma verdadeira aventura. Com o passar do tempo e aumento da prática, o que nos faltar em aventura, sobrar-nos-á em prazer.

2012-04-11

Metal da pesada

O José Luís Peixoto afirmou numa entrevista há dias, a propósito dos seus gostos musicais, qualquer coisa do estilo: que já não tem 17 anos. Tem 37 anos e por isso ouve vários estilos de música.
Eu não tenho nem uma nem outra idade, apesar de já ter tido ambas, e oiço de tudo. Porque não sou surdo.
Apesar de não gostar de formatações redutoras de músicas ou de artistas, confesso que gosto particularmente de músicas associadas ao estilo Heavy Metal, seja lá o que isso for. E dentro disso, encontro uma variedade tão grande, que não preciso de procurar satisfação noutros estilos.
De vez em quando dou uma espreitadela naquelas músicas boas de se ver. Porque os olhos também comem, ainda que não saboreiem.
Isto é bem capaz de ser básico. Mas, basicamente, é disto que gosto, ainda que nem tudo o que encaixe neste estilo me satisfaça.