2011-05-31

Tacada anal


Num assunto tão sério e pertinente, nem as miúdas conseguem ficar sérias.

One more time...

2011-05-26

Provocação por vocação

Apesar de muitas vezes nos contentarmos com as coisas mais fáceis, costumamos admirar as que dão luta. As que, a cada acção, reagem. Ainda que a imprevisibilidade não seja garantida, a reacção garante a satisfação.
Quanto maior a reacção, mais gozo nos trará a acção. Desde os impulsos patológicos, até ao sentimento de dever cumprido, muitas cores tem esta paleta resultante do antagonismo. A confrontação é inerente à condição humana. Seja de forma subtil, ou até mesmo, violenta, é uma pulsão à qual não podemos resistir. Provavelmente com raízes no pecado original, acompanhou a evolução da vida. E está presente mesmo nas mais simples formas de vida.
O Homem tem refinado, muitas vezes com requintes de malvadez, esta necessidade de tentar vergar o outro à sua vontade. E quando mais o outro resiste, maior é o prazer de o ver vergado. Se vergar não bastar, vergasta-se.
Mesmo apenas com as palavras a tentação de tentar vencer uma argumentação é esmagadora.
Correndo o risco de abusar do adjectivo, perfidamente, gosto de provocar. Não apenas com o objectivo de vergar os outros, obrigando-os a partilhar a mesma visão, mas tentando dar-lhes a conhecer outro ponto de vista. E cada vez que conseguir alargar os horizontes, mesmo sem o meu conhecimento, terei cumprido o meu objectivo.
Apesar de detestar a advocacia, sentir-me-ei sempre confortável com a beca de advogado do diabo. Ou não fosse ele a dominar e o principal responsável por este estado de ansiedade, esta pressa de vergar, de fugir à verdade...

2011-05-19

O desmame

Que não haja qualquer dúvida. Largar a teta custa muito. Sabe bem melhor beber o leite, que nem exige mastigar, que comer coisas sólidas e secas. Isto para nem sequer chegar a lamber o pacote...
Regressando à vaca fria, que é como ela fica depois de ficar sem leite, o chupista continua a chupar. Continua a chupar sem qualquer preocupação com a teta seca. Sem sequer reparar que de tanto chupar, está a maltratar a teta que tão bem o alimentou.
O medo apodera-se do mamão. Ele teme aquilo que parece ser o início de ter que se tornar independente. O desconhecido retira-o da sua zona de conforto. O conforto é ficar agarrado à mama, chupando na teta.
Não adivinha que tudo aquilo que conquistar sozinho, terá mais valor, mesmo que se trate de uma pequena conquista. Qualquer passo sem apoio toma dimensão de conquista espacial. O maior problema de quem está agarrado à mama é não ganhar a noção do que está para além. A falta de visão da realidade.
O desmamado resiste à mudança. Procura loucamente regressar à familiar mama. Mesmo que a realidade da teta seca seja inegável, ele persiste em tentar manter o status quo contra tudo e contra todos. E se alguém lhe disser que poderá continuar a mamar como sempre fez, terá ganhado um cego seguidor. E ai de quem lhe disser que chegou a altura de largar a teta e desenrascar-se sozinho...